Princípios de Fé
PRINCÍPIOS DE FÉ
DA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
MOVIMENTO DE REFORMA
Veja em Formato de Revista Eletronica
INTRODUÇÃO
Enquanto a igreja de Deus permanecer neste mundo de trevas para lutar contra toda classe de falsas doutrinas, terá a necessidade de dispor de crenças bem definidas, de maneira que seus membros saibam com segurança o que crer e pregar como verdade presente. Esta é a razão pela qual, século após século e apostasia após apostasia, os filhos de Deus tiveram que estabelecer princípios doutrinários que os identificam diante do mundo como tais.
Quando pela graça de Deus, o Movimento de Reforma surgiu como remanescente, de acordo à profecia e as exigências da apostasia reinante entre o povo adventista, durante a primeira guerra mundial, tornou-se necessária a recuperação e exaltação desses princípios bíblicos de fé, que distinguem o povo de Deus do tempo do fim. Portanto, na Conferência Geral de 1925, na Alemanha, foram aprovados os 37 princípios de Fé que hoje oferecemos, revisados, a nosso povo. Nosso mais sincero desejo é que estes princípios sejam a linha diretiva de cada coração que ama a Jesus como seu Salvador pessoal e nos permitam alcançar a unidade na fé tal qual a vontade de Deus.
Os irmãos da Associação Geral,
Julho de 1997
1. As Sagradas Escrituras
Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que Ele mesmo é o Autor, tendo-nos revelado Sua vontade no Antigo e no Novo Testamento. I Tessalonicenses 2.13; Salmos 119.105; Jeremias 15.16.
Elas são inspiradas diretamente por Deus, já que o Espírito Santo iluminou o entendimento dos escritores. 2 Pedro 1.19-21; 2 Timóteo 3.15-17.
Informam-nos a origem de nosso mundo e da raça humana, da introdução do pecado e do plano divino de redenção. Somente através de Jesus podemos alcançar uma vida feliz e eterna na nova terra.
Contém declarações que nos revelam os acontecimentos passados, presentes e futuros. As profecias já cumpridas são uma prova de sua origem divina. Isaías 46.9,10.
Na Bíblia nos é mostrado o conhecimento necessário e o caminho para a salvação de nossa alma.
As Sagradas Escrituras, como a verdadeira e completa revelação de Deus, são a única regra infalível de nossa fé e vida.
2. Deus o Pai
Cremos em um Deus eterno, onipotente, onipresente e onisciente. Ele é o Criador, Governador e Sustentador de todo o universo. Gênesis 17.1; Salmos 90.1,2; 91.1,2; 139.1-12; Isaías 44.6; 45.5,6,18; I Timóteo 6.16.
Cremos que "Deus é Espírito" e um Ser pessoal. João 4.24. Através da criação do ser humano segundo "Sua Imagem" revelou-Se como um Deus pessoal. Gênesis 1.26, 27; Daniel 7.9,10.
A fé em Cristo é o único caminho através do qual podemos chegar a Deus. Hebreus 11.6.
3. Jesus Cristo
Cremos que Jesus Cristo é o Filho de Deus; é a própria imagem de Seu Pai. Hebreus 1.1-3,8; Colossenses 1.15; 2.9; I Timóteo 3.16.
1. Cremos que Jesus Cristo já existia em forma de Deus no céu, antes de vir à terra. João 1.1,2; Filipenses 2.5,6; Colossenses 2.9; João 1.14; Miquéias 5.2.
2. Nasceu da virgem Maria, nesta terra, "...concebido do Espírito Santo..." (Mateus 1.18-23).
3. Por meio dEle criou Deus todas as coisas. João 1.1-3; Colossenses 1.16,17. "Como Ser pessoal, Deus se revelou em Seu Filho. Jesus o resplendor da glória do Pai, 'e a expressa imagem de Sua pessoa (Hebreus 1.3), veio à terra sob a forma de homem." 3 Testemunhos Seletos, 263.
4. Mediante Sua encarnação, crucifixão e ressurreição, Jesus se revelou como o Salvador. É o único Mediador entre Deus e a humanidade caída. Sua vida é um exemplo singular para toda a humanidade e especialmente para todos seus seguidores. Atos 4.12; Filipenses 2.5-8; I Timóteo 2.5,6; Hebreus 2.17; I Pedro 2.21; Deuteronômio 18.15; João 18.37.
5. É hoje nosso Sumo Sacerdote no Lugar Santíssimo do santuário celestial, e realiza a obra final de reconciliação. Hebreus 8.1,2; 7.24,25; 4.15,16; 9.24-26.
4. O Espírito Santo
Cremos que o Espírito Santo se encontrou em ação desde o princípio, e se encontra constantemente em ação na salvação. Gênesis 1.2; Salmos 51.11; Isaías 63.10,11. A Bíblia nos informa já em suas primeiras páginas sobre sua atuação nos corações dos seres humanos. Gênesis 6.3.
Cremos que o Espírito Santo é o representante de Cristo na terra. Ele convence do pecado, leva ao arrependimento e à conversão. Renova e transforma o ser humano. Além disto, guia à verdade, leva ao conhecimento da vontade divina, e dá força para a obediência e à vitória sobre o pecado. João 3.5,6; 14.16,17; 16.13.
Uma interpretação das verdades bíblicas, conforme a vontade de Deus, é possível somente por meio do Espírito Santo (João 14.26; Atos 1.8), cuja natureza, não obstante, permanece como um mistério (Atos dos Apóstolos, 52).
Segundo a comissão de Jesus, o batismo deve ser efetuado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mateus 28.18-20.
5. A Origem da Humanidade
Cremos que Deus no sexto dia da criação criou o homem à Sua imagem, perfeito e com a faculdade de livre arbítrio. Gênesis 1.26-28.
"Sua natureza estava em harmonia com a vontade de Deus. A mente era capaz de compreender as coisas divinas. As afeições eram puras; os apetites e paixões estavam sob o domínio da razão. Ele era santo e feliz..." Patriarcas e Profetas, 28.
A origem da humanidade é compreensível. O plano divino da criação foi tão claramente formulado, que não dá nenhum motivo para conclusões errôneas.
"Não há lugar para a suposição de que o homem evoluiu, por meio de morosos graus de desenvolvimento, das formas inferiores da vida animal ou vegetal. Tal ensino rebaixa a grande obra do Criador ao nível das concepções estreitas e terrenas do homem." Patriarcas e Profetas, 28.
6. O Plano da Salvação
Cremos que por sua desobediência ao mandamento divino o ser humano introduziu o pecado no mundo (Gênesis 2.16,17; 3.6), e por isto sua natureza se tornou má. A conseqüência do pecado é a morte. Romanos 5.12; 6.23; Salmos 14.3; Jó 14.4.
"Deus é amor". Este amor insondável havia previsto um caminho de salvação para a humanidade perdida. Não existia outra possibilidade, senão que Jesus tomasse sobre si a culpa e o castigo do pecado. I João 4.16; João 3.16; Isaías 53.4-6; I Pedro 2.24.
Somente mediante a morte vicária de Jesus e Sua vida justa, é possível obter o perdão e a justificação dos pecadores. Romanos 4.25; 5.1; 3.24. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, já previsto por Deus antes que o mundo existisse. João 1.29; I Pedro 1.18-20.
Mediante a fé em Jesus como Salvador pessoal, a qual se revela na fiel obediência, o pecador recebe a vida eterna. A obediência é o verdadeiro fruto da salvação. Romanos 8.1-4. João 14.15, 21.
Por amor e agradecimento ao incomensurável Dom de Deus o crente é obediente a todos Seus requerimentos mediante o poder do Espírito Santo. Efésios 2.8,9; João 15.10; I João 5.3.
7. A Lei de Deus - Os Dez Mandamentos
Cremos que os Dez Mandamentos são perfeitos e como norma de vida e prática têm vigência para todos os seres humanos. Eclesiastes 12.13; Mateus 5.17,18; Romanos 3.28,31; 7.12; Apocalipse 12.17; 14.12.
A Bíblia ensina que Deus mesmo proclamou os Dez Mandamentos sobre o monte Sinai e os escreveu com Seu próprio dedo nas duas tábuas de pedra. Êxodo 31.18; 32.15,16; Deuteronômio 4.12,13.
Mediante o reconhecimento e a observância dos sagrados Dez Mandamentos do Senhor, manifestamos que amamos a Deus, ao Pai e a Seu Filho. A Lei de Deus é uma revelação de Sua vontade e caráter. É uma imagem da perfeição divina e reflete o verdadeiro caráter de Deus. Na Lei se mostra especialmente o princípio de amor, justiça e ordem divina. Romanos 13.10; I João 5.3.
Como ela é espiritual somente pode ser observada mediante o poder de Deus e a fé em Jesus Cristo. Também em caso de provas e perseguições a única resposta deve ser. "...Mais importa obedecer a Deus do que aos homens". (Atos 5.29).
Os Dez Mandamentos que Deus promulgou (Êxodo 20.2-17), são.
I
"Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim."
II
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas de baixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás. porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem. E faço misericórdia em milhares aos que Me amam e guardam os meus mandamentos."
III
"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão. porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão."
IV
"Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou. Portanto abençoou o Senhor o dia do Sábado, e o santificou."
V
"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá."
VI
"Não matarás."
VII
"Não adulterarás".
VIII
"Não furtarás".
IX
"Não dirás falso testemunho contra o teu próximo."
X
"Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo."
8. O Quarto Mandamento - O Sábado
Cremos que o quarto mandamento é imutável, assim como os demais, e é válido para todos os seres humanos. O Sábado foi instituído por Deus depois dos seis dias da criação, Quem o abençoou e santificou; e distinguiu mediante seu descanso. Foi dado como memorial da criação e como dia de repouso para os seres humanos; portanto, é chamado também dia do Senhor. Deus nos ordena santificar este dia por meio do descanso do trabalho, empregando seu tempo na adoração e no serviço religioso. O Sábado é ao mesmo tempo símbolo de salvação, um sinal de santificação, um testemunho de obediência e uma antecipação do que será a vida eterna no reino de Deus. O dia de repouso divino é o sinal especial de seus filhos obedientes no tempo do fim. Gênesis 2.1-3; Êxodo 20.8-11; 31.15; Levítico 23.3; Marcos 2.27, 28; Lucas 16.17.
Sexta-feira (dia de preparação) deve-se terminar todos os preparativos para o sétimo dia. Entre outros, está a preparação da comida para o Sábado, a limpeza da casa, a preparação da roupa e o tomar o banho, para que assim possamos entrar no Sábado com tranqüilidade e recolhimento. Êxodo 16.23.
"Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. Afaste-se da alma toda amargura, ira ou ressentimento. Com espírito humilde 'confessai vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis.' Tiago 5.16." 3 Testemunhos Seletos 22, 23.
Sobre as viagens lemos. "Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no Sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia de chegada ao destino coincida com o Sábado." 3 Testemunhos Seletos, 26.
No Sábado devemos nos abster de todas as viagens seculares ou comerciais, e também de conversações e atividades da mesma índole. Os temas de conversação devem Ter um caráter espiritual, de maneira que sejam para a glória de Deus e a edificação do espírito. Isaías 58.13,14.
“Deus determinou que se cuidasse dos doentes e sofredores; o trabalho exigido para lhes proporcionar conforto é uma obra de misericórdia e não é violação do Sábado; mas todo trabalho desnecessário deve ser evitado." Patriarcas e Profetas, 301.
Também requeremos que nossos filhos sejam eximidos da assistência secular à escola durante o Sábado.
Segundo a ordem da criação o dia começa e conclui ao por do sol. Assim pois, o Sábado se inicia na Sexta-feira à tarde com o por do sol e finaliza no Sábado à tarde com o por do sol. Gênesis 1.5; Levítico 23.32; Lucas 4.31,40.
9. O Matrimônio
Cremos que Deus instituiu o matrimônio no Paraíso e o abençoou e santificou.
"Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo... foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo de além das portas do Paraíso." Patriarcas e Profetas, 29,30.
O matrimônio foi instituído. a) para que o homem e a mulher se ajudem e complementem um ao outro em amor (Gênesis 2.18); b) para que se reproduza a raça humana (Gênesis 1.27,28). I Coríntios 7.1-9.
O matrimônio é um pacto que deve ser baseado no amor e na fidelidade por toda a vida entre um homem e uma mulher. Mateus 19.4; Malaquias 2.14 última parte. Deus estabeleceu o matrimônio nos princípios da abnegação, do amor, do apreço, do respeito, da disposição ao sacrifício e à responsabilidade. O homem foi criado primeiro; ele é o guia natural e suporte da família. A esposa deve respeitar a liderança do esposo, porém este deve amar a sua esposa como Cristo amou Sua igreja, pela qual deu sua vida. Efésios 5.23,25.
Portanto, o verdadeiro matrimônio constitui, uma unidade espiritual, mental e corporal. harmonia de fé, coração e corpo. A mulher e o homem formam uma carne. Gênesis 2.24; Mateus 19.5, 6.
Cremos que os cristãos devem observar o princípio da temperança, de modo que suas forças físicas e mentais não sejam sacrificadas no altar da paixão e das baixas concupiscências carnais. Os conselhos dados neste sentido, na Palavra de Deus nos indicam o caminho da pureza e de uma vida agradável ao Senhor. I Tessalonicenses 4.3-5.
Cremos que os membros da igreja não devem contrair matrimônio com membros de outras denominações ou incrédulos, já que as Sagradas Escrituras consideram tal matrimônio como pecado. Deuteronômio 7.3, 4, 6; 2 Coríntios 6.14, 15.
Cremos que o divórcio não está em conformidade com a vontade de Deus. Mateus 19.3-9; Marcos 10.9-12; Romanos 7.1-3; I Coríntios 7.10,11.
"Entre os judeus era permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher se achava então em liberdade de casar outra vez. Este costume levava a grande infelicidade e pecado. No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. 'Qualquer', disse Ele 'que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério'." O Maior Discurso de Cristo, 63. Adicionalmente, se os cônjuges se separam ou divorciam deverão permanecer sem se casar até se reconciliarem. I Coríntios 7.10,11,39.
O voto matrimonial une "...os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar." I Testemunhos Seletos, 576.
Além disto cremos que o matrimônio deve ser contraído diante das autoridades civis e da igreja.
Todos os que queiram contrair matrimônio, depois de muita meditação e fervente oração perante Deus, deveriam permitir ser aconselhados pelos pais crentes e guias espirituais.
10. A Alteração da Lei de Deus
Cremos que a profecia de Daniel 7.25, "...cuidará em mudar os tempos, e a lei;...", tem-se cumprido. Anulou-se dos Dez Mandamentos o segundo que proíbe a veneração e adoração de imagens. O Sábado, estabelecido no quarto mandamento, mudou-se pela introdução injustificada do primeiro dia da semana, o Domingo, como dia de repouso do estado e da igreja. O décimo mandamento foi dividido em dois para restabelecer novamente o número "dez".
11. A Lei Cerimonial de Moisés
Cremos que Deus deu ao povo de Israel, através de Moisés, diferentes estatutos concernentes ao sistema de sacrifícios e cerimônias do serviço do templo, os quais ilustravam a obra redentora de Cristo. Estes eram uma sombra e símbolo das coisas futuras. A validez desta lei finalizou quando Jesus clamou na cruz. "Está consumado!". Hebreus 10.1; Colossenses 2.17.
"Ao morrer Jesus no Calvário, clamou. 'Está consumado', e o véu do templo partiu-se de alto a baixo...
A ruptura do véu do templo mostrou que os sacrifícios e ordenanças judaicos não mais seriam recebidos. O grande Sacrifício havia sido oferecido e aceito, ..." Primeiros Escritos, 253, 259,260.
· Os sábados cerimoniais ou da sombra
Cremos que os sábados cerimoniais, dos quais Paulo escreve em Colossenses 2.16,17 e Gálatas 4.10, eram somente sombras do sacrifício de Cristo e da salvação. Não devem ser confundidos com o Sábado semanal que foi dado aos seres humanos como dia de repouso, o qual é o dia do Senhor estabelecido na criação. Gênesis 2.1-3; Êxodo 20.8-11; Levítico 23.3; Isaías 58.13; Marcos 2.27,28.
A lei cerimonial incluía os seguintes sábados simbólicos.
· A festa dos pães asmos. A páscoa precedia a festa dos pães asmos. Os dias 15 e 21 do primeiro mês do ano judeu eram celebrados como sábados, com descanso de todo trabalho servil. Levítico 23.5-8.
· Pentecostes ou festa das semanas. O dia 50, calculado à partir do dia 16 do primeiro mês, era celebrado como um Sábado. Levítico 23.15,16,21; Êxodo 34.22.
· A festa das trombetas. O primeiro dia do sétimo mês, o dia do som de trombetas, era celebrado como preparação para o dia da expiação. Levítico 23.24,25.
· Dia da expiação. O dia 10 do sétimo mês, conhecido como dia da expiação, era considerado como grande Sábado, e era o ponto culminante na série de sábados cerimoniais. Levítico 23.27,28,31,32.
· A festa das cabanas. Os dias 15 e 22 do sétimo mês eram celebrados alegremente como sábados da festa das cabanas. Levítico 23.34-36,39,40.
Se Jesus, com Sua morte, tivesse anulado o Sábado semanal e introduzido o Domingo, deveria existir um mandamento explícito na Bíblia a este respeito. Nem Jesus, nem os apóstolos informam sobre uma mudança semelhante, senão totalmente o contrário. Os Seguintes textos o demonstram. Mateus 5.17,18; 24.20; Atos 13.13,14, 42-44; 16.13; 17.2; 18.2-4, 11.
12. O Estado do Homem
Cremos que após a queda no pecado, o ser humano perdeu sua elevada posição perante Deus, e desde então todos os seres humanos se encontram sob o pecado e suas conseqüências. Já nasce com debilidade e tendência ao mal, e submetido ao poder da morte.
"Sua natureza se tornou tão débil pela transgressão, que lhe foi impossível, com suas próprias forças, resistir o poder do mal. ...
Apostatando, o homem se afastou de Deus e a terra foi separada do céu. Através do abismo existente entre eles, não podia haver comunicação." O Caminho ao Redentor, 13, 16.
"Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza se tornou má, ..." O Grande Conflito, 509.
"O homem se tornara tão degradado pelo pecado que lhe era impossível, por si mesmo, andar em harmonia com Aquele cuja natureza é pureza e bondade." Patriarcas e Profetas, 64 cd.
Por este motivo a situação de todas as pessoas se tem tornado desesperadora. Romanos 5.12; 3.10-12; 6.23; Salmos 51.5; Mateus 15.18-20; Gálatas 5.19-21; Romanos 7.18-20.
13. O Oferecimento da Graça de Deus
Cremos que Deus amou tanto o mundo que enviou Seu Filho a este mundo para salvar a humanidade, e mesmo reinando ali a corrupção e a rebeldia, já havia previsto um caminho para salvar o homem. Efésios 1.4; 2.8; I Pedro 1.19,20.
Jesus Cristo nasceu como homem e foi obediente a Seu Pai em todas as coisas. Por Sua vida e sua morte vicária foi criada a base da reconciliação e redenção. Foi ressuscitado para nossa justificação, e ascendeu ao céu para reconciliar ao pecador arrependido com Deus e justificá-lo no Santuário celestial, por meio de Seu sangue derramado e Sua justiça. Através desta ação salvadora se mostra a justiça e a bondade de Deus. Nosso pecado foi condenado em Cristo e ao mesmo tempo nos foi mostrado o caminho do perdão. Romanos 3.24.
"As determinações e concessões de Deus em nosso favor são ilimitadas. O trono da graça exerce os maiores atrativos, pois está ocupado por Aquele que consente em ser por nós chamado Pai. ...
Em se chegando ao trono da graça, o filho de Deus se constitui cliente do grande Advogado. À primeira manifestação de arrependimento e do desejo de perdão, Cristo esposa a causa deste e fá-la sua, intercedendo por ele perante o Pai como se o fizera por Si próprio.
Enquanto Cristo intercede por nós, o Pai nos franqueia os tesouros de Sua graça para que os possuamos, regozijando-nos neles e repartindo-os com outros." 3 Testemunhos Seletos, 29,30.
Cremos que por meio da graça nos convertemos em filhos de Deus, e que esta obra nossa redenção, novo nascimento e aceitação como co-herdeiro com Cristo. Tito 2.11; João 1.16; I Pedro 1.13.
A graça é um favor imerecido. Consiste em que Deus entregou Seu Filho à morte em nosso lugar, para que por Seu sangue derramado e Sua justiça, o pecador penitente possa subsistir perante Deus. I João 1.7.
14. Cristo Nossa Justiça
Cremos que sem a justiça de Jesus Cristo nenhum ser humano mortal pode subsistir perante o Deus santo. O profeta Isaías se expressa do seguinte modo. "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia;..." (Isaías 64.6).
Para aclarar este assunto importante em nossa vida de fé, citamos à continuação alguns Testemunhos.
"Visto como somos pecadores e profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa. Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual possamos satisfazer os requerimentos da Lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na terra em meio de provas e tentações como as que nós temos que enfrentar. Contudo, viveu uma vida sem pecado. Morreu por nós e agora nos oferece tirar nossos pecados e dar-nos Sua justiça." O Caminho ao Redentor, 52. Romanos 5.1; 1.16, 17; 3.23, 24.
" Que é justificação pela fé? É a atuação de Deus abatendo até ao pó a glória do homem, e fazendo por ele aquilo que não está em sua capacidade fazer por si mesmo. Quando o homem percebe sua completa desvalia, então está preparado para ser vestido com a justiça de Cristo. Special Testimonies, Série A, nº 9; pág. 62." Fé Pela Qual Eu Vivo, MM 1959, pág. 111.
“Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo." O Desejado de Todas as Nações, 733.
"Por Sua obediência perfeita tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová." Parábolas de Jesus, 312.
"Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito... Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." (Romanos 8.1, 34; Jeremias 33.15,16).
" É imputada a justiça pela qual somos justificados; aquela pela qual somos santificados, é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa adaptação para ele.” Mensagens aos Jovens, 35.
15. O Arrependimento
Cremos que pela influência da Palavra de Deus e a obra do Espírito Santo, o ser humano chega ao reconhecimento de sua condição perdida. Salmos 32.1-5; 51.3,4; João 16.7,8.
"O arrependimento compreende tristeza pelo pecado e abandono do mesmo...
Porém, quando o coração cede à influência do Espírito de Deus, a consciência é despertada e o pecador discerne alguma coisa da profundeza e santidade da lei de Deus, base de Seu governo no céu e na terra...
Não renunciaremos ao pecado enquanto não reconhecermos sua malignidade; enquanto dele não nos afastarmos de todo o coração, não haverá em nós uma mudança real da vida." O Caminho ao Redentor 18, 19. Ver 2 Coríntios 7.10.
Não podemos nem sequer nos arrepender sem que o Espírito Santo desperte nossa consciência, assim como também não podemos receber perdão de nossos pecados sem Cristo.
16. A Confissão dos Pecados
Cremos que todos os que confessam sua iniquidade, recebem perdão e justificação, pois Jesus por meio de Seu sangue roga em favor de cada alma arrependida. I João 1.9; 2.1.
"O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia."(Provérbios 28.13).
"O Senhor não nos exige atos penosos para que alcancemos o perdão dos pecados. Não precisamos fazer longas e afadigantes peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do Céu ou para expiar nossas transgressões; mas o que confessa seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia....
“A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e declara pecados particulares. Estes podem ser de tal natureza que unicamente devam ser apresentados a Deus; podem ser faltas que devam confessar-se às pessoas que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, e então devem confessar-se publicamente. Toda confissão deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo os pecados dos quais sois culpados." O Caminho ao Redentor, 31, 32.
17. O Novo Nascimento
Cremos que um ser humano que entrega sua vida a Jesus Cristo e Lhe aceita como seu Salvador pessoal experimentará o novo nascimento. João 1.12-13.
"Quando o Espírito de Deus toma posse do coração transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do céu. ... A bênção vêm quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus." O Desejado de Todas as Nações, 153.
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é. as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." (2 Coríntios 5.17).
"Haverá um contraste claro e positivo entre o que foram e o que são...
“No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio da ação." O Caminho ao Redentor 48, 49.
"No novo nascimento o coração é posto em harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando esta poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. Terminou a velha vida de afastamento de Deus, começando a nova vida de reconciliação, de fé e amor." O Grande Conflito 469, 470.
"A regeneração é o único caminho pelo qual podemos entrar na cidade de Deus." 3 Testemunhos Seletos, 291, 292. João 3.3-8; 1.12,13; I Pedro 1.23; Tiago 1.18; 2 Pedro 1.3,4.
18. O Batismo Bíblico
Cremos que o batismo é o pacto de uma boa consciência com Deus. A comissão de Jesus à sua igreja foi. "... Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ..." Mateus 28.18-20.
Cristo instituiu o batismo como sinal de entrada em Seu reino espiritual. Este rito simboliza a sepultura e a ressurreição de Jesus, assim como a sepultura do velho homem e a ressurreição à nova vida em Cristo. Atos 2.37, 38; 8.36-39; Romanos 6.2-5; Colossenses 2.12.
O batismo é a confissão pública de que seguimos a Jesus, e se realiza mediante a imersão na água. Antes de realizá-lo deve preceder uma instrução cabal das verdades bíblicas e um exame batismal.
Por este motivo, o batismo infantil somente pode ser considerado como uma instituição humana, pois carece de fundamento bíblico.
Pessoas que não sabem diferenciar entre o bem e o mal, não serão admitidas ao batismo.
Antes da recepção pelo batismo ou por votação, cada alma deve se ter separado da igreja ou congregação à qual pertencia.
O batismo será repetido quando pela primeira vez não foi feito em conformidade com a regra bíblica ou se alguém recebeu o batismo em estado de ignorância. Atos 19.2-6.
19. A Igreja do Senhor
Cremos que a cabeça da igreja é Cristo. A igreja é uma reunião de crentes que aceitaram a Cristo como Salvador e Senhor, e vivem segundo Sua doutrina e Seus mandamentos. Efésios 5.23; 4.15; Colossenses 1.18.
Os membros da igreja são preparados para a eternidade na escola de Cristo, mediante a doutrina que têm em comum, as experiências, o conselho e as admoestações. I Timóteo 3.15.
A norma inalterável na vida e obra da igreja são as Escrituras Sagradas. Elas contêm o grande divino documento de justiça e amor. os Dez Mandamentos que foram vividos em forma prática por Jesus. Precisamente por meio destes, foi possível reconhecer em todos os tempos a igreja remanescente assim como a apostasia. Apocalipse 12.17; 14.12.
"A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo." Atos dos Apóstolos, 9.
Para que possam ser a luz do mundo Jesus rogou em sua oração sumo sacerdotal pela unidade de seus seguidores. João 17.21; Efésios 4.16.
Cremos que por amor a Deus e a seu povo, todos os membros da igreja observarão a ordem estabelecida por ela. Hebreus 13.7, 17; I Tessalonicenses 5.12, 13. (Nota. em relação a ordem e organização da igreja consultar oManual de Igreja).
20. O Lavamento dos Pés
Cremos que o lavamento dos pés deve preceder a Ceia do Senhor. Prepara o coração para nos servir uns aos outros em humildade e amor, levando-nos portanto, a uma íntima comunhão. João 13.1-17.
"Estas palavras querem dizer mais que a limpeza do corpo. Cristo está falando ainda da mais alta purificação, ilustrada pela menor. ... Quando Jesus Se cingira com a toalha para lhes lavar o pó dos pés, desejava, por aquele mesmo ato, lavar-lhes do coração a discórdia, o ciúme e o orgulho. Isso era de muito mais importância que a lavagem de seus empoeirados pés. Com o espírito que então os animava, nenhum deles estava preparado para a comunhão com Cristo. Enquanto não fossem levados a um estado de humildade e amor, não estavam preparados para participar na ceia pascoal, ou tomar parte no serviço comemorativo que Cristo estava para instituir." O Desejado de Todas as Nações 624.
21. A Ceia do Senhor
Cremos que a Ceia do Senhor é uma comemoração dos sofrimentos e morte de Jesus.
O pão simboliza o corpo de Jesus Cristo, e o vinho sem fermentar é símbolo de Seu sangue derramado. Mateus 26.26-28; I Coríntios 10.16, 17; 11.23-26.
"Ao comer a páscoa com Seus discípulos, instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande sacrifício...
Acham-se diante dEle os pães asmos usados no período da páscoa. O vinho pascoal, livre de fermento, está sobre a mesa. Estes emblemas Cristo emprega para representar Seu próprio irrepreensível sacrifício. Coisa alguma corrompida por fermentação, símbolo do pecado e da morte, podia representar 'o Cordeiro imaculado e incontaminado'. " O Desejado de todas as Nações, 629, 630.
Por desfrutar do pão e do vinho não se efetua o perdão dos pecados. Estes devem servir como comemoração dos sofrimentos e morte de Jesus para fortalecer a Igreja.
A preparação inclui auto-exame, reconhecimento, confissão de pecado e uma sincera tristeza por eles.
"Os ritos do batismo e o da Ceia do Senhor são dois monumentos comemorativos, colocados um fora e outro dentro da igreja. Sobre essas ordenanças Cristo inscreveu o nome do Deus Verdadeiro." 2 Testemunhos Seletos, 389.
Na Ceia do Senhor somente pode participar quem fez o pacto com Deus por meio do batismo e chegou a ser membro da igreja.
"Disse mais o Senhor a Moisés e a Aarão. Esta é a ordenança da páscoa; nenhum filho do estrangeiro comerá dela." Êxodo 12.43.
22. O Espírito de Profecia
Cremos que no Antigo e no Novo Testamento Cristo falou à Sua igreja por meio de Seus profetas. 2 Crônicas 20.20; 2 Pedro 1.19-21; Hebreus 1.1-3.
Os ensinos comunicados pelo Dom de Profecia têm sua origem no céu, e são a voz de Deus a Seu povo. O Senhor deu este Dom à Sua igreja para que seja respeitado e obedecido, e chega a nós sob a direção do Espírito Santo.
Segundo Apocalipse 12.17 e 19.10, o Senhor prometeu o Dom de profecia à última igreja que guarda os mandamentos de Deus; e em cumprimento a esta profecia o Senhor suscitou este Dom entre Seu povo. Desde o ano 1844 Deus utilizou a Éllen G. White como Sua mensageira para manifestar Sua vontade à igreja e ao mundo que perece. Por sua obra oral e escrita, incontáveis pessoas tem achado o caminho da paz com Deus.
Todas as características que identificam a um profeta chamado pelo Senhor, como fidelidade à Palavra de Deus, fé em Jesus como Salvador, reconhecimento dos Dez Mandamentos e o fruto do Espírito Santo, encontramo-los na vida e obras desta mensageira de Deus; e sua posição em relação à Bíblia a explica ela mesma com as seguintes palavras.
"Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. 'Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.' II Timóteo 3.16,17." O Grande conflito, 8, 9.
Na igreja de Deus houve épocas nas quais não somente os homens foram chamados, senão também mulheres fiéis para transmitir ao povo de Deus mensagens e admoestações de importância para a vida e a salvação. Por exemplo. Maria (Êxodo 15.20), Débora (Juízes 4.4), Hulda (2 Reis 22.14-16), Ana (Lucas 2.36), as filhas de Felipe (Atos 21.9).
Portanto, a verdadeira igreja estimará altamente este Dom, e receberá e obedecerá com gratidão os ensinos que o Senhor tem dado.
Quando uma igreja subestima ou menospreza este Dom, menospreza o caminho pelo qual Deus a deseja conduzir com segurança e abençoá-la. Provérbios 29.18; 2 Crônicas 20.20.
23. A Reforma de Saúde
· Saúde e alimentação
Cremos que Deus criou o ser humano perfeito. Corpo, alma e espírito pertencem ao Senhor, e é Sua vontade que as pessoas gozem de saúde espiritual, mental e corporal. Portanto, é nosso dever observar as regras divinas de saúde, não somente para nosso bem-estar, senão para poder servir melhor à humanidade. Lucas 9.2; I Tessalonicenses 5.23, 24.
"A reforma de saúde é um dos ramos da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Ela está tão estreitamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo quanto a mão o está com o corpo." Conselhos Sobre Saúde, 20, 21.
Quando o Criador designou a alimentação ao ser humano, no Paraíso, indicou qual era a melhor base desta, a saber, a vegetariana. Os cereais, as frutas e os frutos oleaginosos formam a alimentação eleita por nosso Criador. Gênesis 1.29. Mais tarde se acrescentaram as verduras. Gênesis 3.18. Portanto, nos abstemos de todo tipo de carne (incluindo aves, peixes e outras). Além disto, evitamos o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína (por exemplo. bebidas de Cola), condimentos fortes, queijos rançosos e fortes, café, chá preto, fumo, e todo tipo de narcóticos. Desaconselhamos o uso combinado de leite e açúcar. I Coríntios 6.19,20.
Como crentes adventistas recebemos também, em relação à manutenção de nossa saúde, muita luz através dos Testemunhos do Espírito de Profecia. Primeiramente temos que manter nosso corpo saudável através de produtos alimentares sãos, que foram estabelecidos para o primeiro par humano, e mediante a aplicação de remédios naturais. Porém se adoecemos por causa de influências externas e insalubres, errada maneira de viver previamente, estrés e outros fatores da vida moderna, e necessitamos a ajuda médica, então deveríamos consultar, se possível, um médico cristão. Especialmente em tais situações podemos nos apoiar na promessa que Deus, o Senhor, é nosso médico e nos pode realmente ajudar a sarar. Somente em casos de absoluta necessidade se devem usar medicamentos e isto com cautela. Êxodo 15.26.
"Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino - eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de os aplicar." A Ciência do Bom Viver, 127.
· vestuário
Como crentes adventistas somos também reformadores no vestuário. Não deveríamos trajar vestidos luxuosos ou nocivos para a saúde, nem às aberrações da moda, que transgridem as leis do pudor e contribuem diretamente à difusão das condições imorais. Tampouco devemos usar calçados prejudiciais.
"Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas ou vestidos preciosos. Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus com boas obras)." I Timóteo 2.9,10. (I Pedro 3.3-5; Isaías 3.16-24).
Os adornos exteriores, por meio dos quais se atrai o olhar para aqueles que os possuem, não contribuem à honra do Senhor.
Com respeito ao cabelo a Bíblia nos diz o seguinte. "Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu." I Coríntios 11.14,15.
No coração onde mora o amor de Jesus, cada crente será um exemplo nestas coisas.
24. As Autoridades
Cremos que as autoridades são ordenadas por Deus, e como ministros de Deus, têm o dever de proteger o bem e castigar o mal. Romanos 13.3,4.
Portanto, sentimo-nos obrigados a cumprir nossos deveres para com elas, enquanto não sejamos obrigados a transgredir os mandamentos de Deus. Atos 4.19; 5.29.
Jesus disse. "Dai pois a César o que é de César" (Mateus 22.21), e de acordo com isto, pagamos nossos impostos e contribuições.
Cremos, também, que é necessário orar pelas autoridades para que reine a paz e a ordem entre os seres humanos; de modo que cada um tenha liberdade de viver conforme a sua fé, e a proclamação do Evangelho de Cristo não seja obstaculizada. I Timóteo 2.1,2.
De acordo ao sexto mandamento, "Não matarás" (Êxodo 20.13), e a doutrina de Jesus, não podemos, como seguidores Seus, tomar parte em nenhum plano político, rebelião, derramamento de sangue ou guerra.
25. O Juramento
Cremos de acordo com a Palavra de Deus que um juramento falso ou sem necessidade é abominável a Deus. Mateus 5.34-37; Tiago 5.12.
Geralmente a palavra do verdadeiro crente é, "sim, sim; não, não". Não obstante, em concordância com o Evangelho, o juramento necessário, quer dizer, chamar a Deus como testemunha de que o que tem dito é verdade, é permitido por Deus. Romanos 1.9; Deuteronômio 6.13; O Maior Discurso de Cristo, páginas 66-69.
26. O Santuário
Cremos que nos tempos do Antigo Testamento o serviço no santuário constituía o centro de culto, primeiro em forma de tenda desmontável e depois como templo. O santuário terrenal se dividia no átrio, lugar santo e lugar santíssimo. No átrio se apresentavam os sacrifícios. Hebreus 9.1-7. Através do sangue dos sacrifícios o pecado era transferido ao santuário, o qual ficava, portanto, contaminado. Os sacrifícios que se faziam pelo pecado, apontavam a Jesus, "O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1.29. Os sacerdotes eram instrumentos escolhidos como mediadores entre Deus e os seres humanos.
Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o santuário era purificado. O sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo e aspergia o sangue da oferta pelo pecado diante e sobre a arca do pacto. Desta maneira se cumpriam os requerimentos da lei. Romanos 6.23. Depois, como mediador, tomava os pecados sobre si e os levava para fora do santuário, onde eram colocados sobre um bode vivo o qual era levado à seguir ao deserto. Mediante este cerimonial se reconciliava o povo, e o santuário era purificado. Levítico 16.15, 16, 20-22.
Este santuário na terra tinha seu original no céu, no qual Jesus é hoje o Sumo Sacerdote. Unicamente através de Seu serviço mediador o crente pode obter o perdão, a justificação e a santificação. I Timóteo 2.5,6; Hebreus 8.1-5; 9.11,12,15; Apocalipse 11.19.
"O santuário no céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda alma que vive sobre a terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até ao final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado...
A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós." Hebreus 6.20. O Grande Conflito, 492.
27. As 2.300 Tardes e Manhãs
Cremos que as 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8.14 representam um período de tempo específico que chega até o tempo do fim. Segundo o princípio de um dia por ano, conforme ao qual nas interpretações proféticas um dia eqüivale a um ano (Números 14.34; Ezequiel 4.6), os 2.300 dias são anos reais. De acordo com Daniel 9.24-27, este tempo se iniciou com o terceiro decreto para a reconstrução de Jerusalém, emitido pelo rei Artaxerxes no ano 457 A. C. Desta cadeia profética, a mais longa da Bíblia, estão separadas 70 semanas (quer dizer, 490 anos). Este tempo estava destinado ao povo judeu e finalizou no ano 34 D.C., enquanto que os 1810 anos restantes nos levam ao ano 1844, "no fim do tempo" (Daniel 8.17). Neste ano Jesus concluiu seu serviço no Lugar Santo e o iniciou como Sumo Sacerdote no lugar Santíssimo.
"Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra - purificar o santuário. ...
No cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante Deus com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na cerimônia do dia da expiação. Assim, no grande dia da expiação final e do juízo de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus...
Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo, e ali comparece à presença de Deus a fim de Se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol do homem, a saber. realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da mesma." O Grande Conflito, 420, 48.
Conforme o serviço no santuário terrestre, Jesus iniciou nesse tempo no Lugar Santíssimo do Santuário Celestial a obra final. Ao mesmo tempo se efetua o juízo investigativo (Daniel 7.9, 10, 13), decide-se quem dos muitos que descansam na terra são dignos de tomar parte na ressurreição para vida e quem dentre os vivos para a transformação e entrada na glória eterna; a clausura deste serviço de expiação é ao mesmo tempo o fim do tempo de graça.
28. A Pregação do Evangelho
Cremos na grande comissão missionária de Jesus. "E chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo. É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém." Mateus 28.18-20.
Consideramos como um privilégio e um dever poder cooperar na propagação oral e escrita do Evangelho em todo o mundo. Mateus 11.29,30; 24.14; Marcos 16.15,16; Atos 1.8; Apocalipse 14.6-12.
29. Os Meios para a Propagação do Evangelho
Cremos que Deus é o proprietário da terra. "Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam". (Salmos 24.1). Ele nos constituiu como seus administradores. Cada crente tem o privilégio e o dever de entregar o dízimo de todos seus bens e ingressos, com os quais Deus lhe abençoou.
O dízimo serve para o sustento dos mensageiros que se encontram ao serviço da obra de Deus e para a difusão do Evangelho. Já que o dízimo é propriedade de Deus, o Senhor considera a retenção do mesmo como roubo. Gênesis 28.22; Neemias 13.10-12; Malaquias 3.6-12; Mateus 23.23; Hebreus 7.4-9; I Coríntios 9.13,14.
"O plano de Deus no sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e igualdade. Todos dele podem lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se reúne simplicidade e utilidade, e não é preciso profundeza de saber para o entender e executar. Todos podem sentir que está ao seu alcance tomar parte no levar avante a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem pode se tornar tesoureiro para o Senhor, e ser um agente para satisfazer às exigências feitas ao tesouro..." Obreiros Evangélicos, 223.
"Afora o dízimo, o Senhor requer de nós as primícias de todas as nossas rendas..." 3 Testemunhos Seletos, 35.
Também outras ofertas tais como as ofertas missionárias, ofertas de gratidão, ofertas de Escola Sabatina, ofertas para um propósito especial e as ofertas de pobres, servem para a proclamação e apoio da obra do Evangelho.
Com as ofertas mencionadas expressamos nosso profundo agradecimento pelas bênçãos e benevolência de Deus. A fidelidade e exatidão na entrega dos dízimos e ofertas nos dão a possibilidade de crescer no amor, ajudam-nos a vencer o egoísmo e a cobiça, e serão recompensadas com a bênção do céu. 2 Coríntios 9.6,7; Atos 20.35.
30. As Mensagens dos Três Anjos
Cremos que as mensagens de Apocalipse 14.6-12 são válidas para o tempo do fim. Em seu conjunto como tríplice mensagem, constituem a última mensagem de admoestação e salvação a um mundo que perece, e devem ser proclamadas a todas as nações, tribos e povos.
A mensagem do primeiro anjo aponta o Evangelho eterno e anuncia que a hora do juízo tem chegado. Exorta a todas as pessoas a temer ao Deus Criador, a dar-Lhe honra e Lhe adorar (Apocalipse 14.6,7).
A mensagem do segundo anjo anuncia a queda de Babilônia. Através dos séculos se formaram falsos sistemas religiosos contrários às Escrituras que conduziram a uma grande confusão (Babilônia). Esta se mostrou especialmente em que as igrejas do meado do século XIX rejeitaram a mensagem bíblica da próxima vinda de Cristo.
A mensagem do terceiro anjo aponta as conseqüências de aceitar falsos sistemas religiosos. Contém a mais terrível ameaça que Deus jamais dirigiu aos seres humanos. A marca da besta (Domingo), segundo Apocalipse 14.9-12, se encontra em contraposição ao quarto mandamento (Sábado) da Bíblia. Êxodo 20.8-11. A atenção da humanidade é dirigida à Lei de Deus e especialmente ao mandamento do Sábado (o selo de Deus).
O propósito desta última mensagem de graça é mostrar à humanidade a validez de todos os Dez Mandamentos de Deus e preparar um povo para a Segunda vinda de Jesus Cristo. Também mostra que a hora do juízo tem começado, e a libertação da culpa do pecado é possível unicamente através de Jesus Cristo. Estas três mensagens que são simbolizadas pelos três anjos, ocasionam uma reforma que leva ao arrependimento e à conversão. As características são claras. "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14.12.
Todos os que menosprezam este chamado de graça sofrerão os anunciados castigos divinos, que serão derramados sobre eles nas sete últimas pragas. Apocalipse 16.
A proclamação da tríplice mensagem angélica começou com o nascimento do Movimento Adventista e terá sua conclusão com o alto clamor do terceiro anjo.
31. O Alto Clamor e o Anjo de Apocalipse 18
Cremos que o Alto Clamor do terceiro anjo teve seu início no ano 1888 no congresso de Mineápolis com a mensagem . "Cristo Justiça Nossa" Isto foi o começo da "luz" do anjo de Apocalipse 18.1-4.
"O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa pecados. Este é o princípio da luz do anjo cuja glória há de encher a terra."I Mensagens Escolhidas, 362, 363.
"A mensagem da Justificação pela fé... Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida." Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 92.
Enquanto a proclamação da terceira mensagem angélica cresce até converter-se em um alto clamor, vêm outro anjo para unir-se a esta obra.
"O anjo que se une na proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve iluminar a terra toda com a sua glória. Prediz-se com isto uma obra de extensão mundial e de extraordinário poder...
Esta obra será semelhante à do dia de Pentecostes. Assim como a 'chuva temporã' foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a 'chuva serôdia' será dada em seu final para o amadurecimento da seara." O Grande Conflito, 616.
Muitos não aceitaram a mensagem "Cristo Justiça Nossa" e isso trouxe graves conseqüências. Quando estourou a primeira Guerra Mundial (1914-1918) havia uma severa crise. O quarto e o sexto mandamento foram transgredidos abertamente, porém, alguns membros permaneceram fiéis aos Dez Mandamentos e sendo guiados pelo Espírito do Senhor, levaram adiante, simultaneamente, em vários países, uma obra de reforma.
De fato, são os fiéis ou o remanescente profetizado de Apocalipse 12.17; 14.12 e 3.14-22, a quem Deus usará na finalização de sua obra para dirigir a última mensagem de admoestação ao mundo.
"O capítulo 18 do Apocalipse indica o tempo em que, como resultado da rejeição da tríplice mensagem do capítulo 14, versos 6-12, a igreja terá atingido completamente a condição predita pelo segundo anjo, e o povo de Deus, ainda em Babilônia, será chamado a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem é a última que será dada ao mundo, e cumprirá a sua obra..."
"Mas Deus ainda tem um povo em Babilônia; e, antes de sobrevirem Seus juízos, esses fiéis devem ser chamados a sair, para que não sejam participantes dos seus pecados e não incorram nas suas pragas. Esta a razão de ser o movimento simbolizado pelo anjo descendo do céu, iluminando a terra com sua glória, e clamando fortemente com grande voz, anunciando os pecados de Babilônia. Em relação com a sua mensagem ouve-se a chamada. 'Sai dela, povo Meu'. Estes anúncios, unindo-se à mensagem do terceiro anjo, constituem a advertência final a ser dada aos habitantes da terra." O Grande Conflito, 390, 610.
32. O Selamento dos 144.000
Cremos que a Bíblia descreve duas classes de redimidos, quer dizer, a grande multidão que começou com Adão e chega até o fim do tempo de graça, e um grupo de 144.000 em número.
A obra do selamento dos 144.000 começou com o anúncio da terceira mensagem angélica. Os selados provam sua fidelidade por sua obediência aos Dez Mandamentos. Distinguem-se pela observância do Sábado, o qual constitui o selo de Deus. Cremos que o selamento durará até a conclusão do tempo de graça e o Israel espiritual será reunido de todos os povos, tribos e línguas. Apocalipse 7.2-8; 14.1-5.
O selo de Deus é um sinal da redenção. Todos aqueles que escolhem a Jesus Cristo como seu Salvador e se submetem à Sua direção experimentarão uma mudança em seu caráter. Receberão Sua justiça e sob a influência do Espírito Santo serão cada vez mais semelhantes a Cristo e levarão os frutos da obediência. Um dos frutos é a observância do santo Sábado, o qual é denominado selo ou sinal de vínculo entre Deus e os crentes. Ezequiel 20.12,20.
Os selados que morreram serão ressuscitados mediante uma ressurreição especial pouco antes da volta de Cristo, e se unirão com os selados vivos. Juntos ouvirão a voz de Deus proclamar o pacto de paz com Seu povo. Como "primícias" da redenção testemunharão a Segunda vinda de Cristo e verão ressuscitar a grande multidão junto com quem ascenderão para serem recebidos por Cristo. Daniel 12.1,2; Apocalipse 1.7.
"O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do Sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação...
“A marca da besta é o oposto disso - a observância do primeiro dia da semana...
“De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos céus e da terra." 3 Testemunhos Seletos, 232, 17.
33. A Segunda Vinda de Jesus
Cremos que a Segunda vinda de Jesus Cristo será visível e audível para todos os seres humanos. Apocalipse 1.7; Mateus 24.30; Marcos 13.26,27; Atos 1.9-11; I Tessalonicenses 4.16,17.
Os filhos de Deus de todos os tempos têm esperado com ansiedade este glorioso acontecimento. Enoque "o sétimo depois de Adão" já pregou sobre este evento; Abraão "esperava uma cidade, cujo artífice e construtor é Deus" ; os profetas o profetizaram, e Jesus deu a segurança inamovível de Sua Segunda vinda para buscar para Si a Sua esposa, a igreja. Mateus 5.8; Judas 14, 15; Hebreus 11.8-10; João 14.1-3.
Os que têm esperado a Segunda vinda de Jesus, exclamarão cheios de alegria diante de sua aparição. "...Este é o Senhor, a quem aguardávamos: na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos." Isaías 25.9.
A Segunda vinda de Jesus Cristo forma o ponto culminante do plano de salvação. Os crentes vivos e ressuscitados serão arrebatados para receber o Senhor Jesus nas nuvens e estar sempre com Ele.
Os sinais dos tempos que Jesus mencionou em Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13, mostram-nos que a volta de Cristo está muito próxima. 2 Pedro 3.9-12, I Tessalonicenses 5.2-7; 2 Timóteo 3.1-5; Apocalipse 19.7,8.
O dia e a hora de Sua vinda estão encobertos para nós (Mateus 24.36), portanto devemos estar sempre preparados. Mateus 24.42-44.
34. O Estado dos Mortos
Cremos que a morte é o salário do pecado. Durante a morte o ser humano não sabe nada. Jesus compara a morte com um sono. João 11.11-14.
Todos os seres humanos que morreram, tenham sido bons ou maus, encontram-se num estado inconsciente. Eclesiastes 9.5,6; Jó 14.12.
Somente Deus, o único ser imortal, dará a vida eterna aos redimidos na ressurreição. I Timóteo 6.15, 16; I Tessalonicenses 4.13-17; I Coríntios 15.51-55.
35. A Ressurreição
Cremos que na Segunda vinda de Cristo os mortos justos ressuscitarão em um estado imortal, e juntamente com os santos vivos serão arrebatados ao encontro do Senhor Jesus. I Tessalonicenses 4.13-18; Romanos 6.5; I Coríntios 15.51-53; Apocalipse 20.6.
Os ímpios ressuscitarão após mil anos para receber sua sentença final. Apocalipse 20.5 primeira parte.
36. Os Mil Anos
Cremos que os mil anos formam o período de tempo entre a primeira e a segunda ressurreição.
"Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória." O Grande Conflito, 663. 2 Tessalonicenses 1.6-8; 2.8; Isaías 24.12,22.
Neste tempo não existirá vida humana sobre nossa terra. Devido a poderosas catástrofes naturais a terra se encontra em uma condição de absoluta devastação. Jeremias 4.23, 24; 25.32,33.
Durante os mil anos os santos viverão e governarão com Cristo no céu e levarão a cabo o juízo sobre os anjos caídos e os ímpios. A terra se encontrará em uma condição desolada. Somente Satanás e seus anjos viverão ali. (O Grande conflito, 665; Apocalipse 20.1-3).
Ao final dos mil anos Jesus virá com todos os santos a esta terra. Então os ímpios serão ressuscitados da morte. Logo a santa cidade, descerá, e Satanás e seus anjos, com os ímpios ressuscitados, rodeá-la-ão. Deus deixará cair fogo do céu e os pecadores e o pecado serão destruídos eternamente, e com isto a terra será purificada. Apocalipse 20.4,5 primeira parte, 7-10; Malaquias 4.1,3.
37. A Pátria dos Redimidos
Cremos que depois dos mil anos o Senhor renovará o céu e a terra, e esta nova terra será a pátria dos salvos. A nova Jerusalém será a capital deste reino eterno e o Rei dos Reis terá Seu trono nela. Isaías 45.18; 65.17; Apocalipse 21.1-3.
Pelo sábio plano da salvação, fundado sobre o amor eterno de Deus, todos os redimidos, livres da ameaça da enfermidade, do sofrimento e da morte, poderão gozar diante da eterna presença de Deus. Isaías 65.25; 2 Pedro 3.13.
"E ouvi uma grande voz do céu que dizia. Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse. Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me. Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis." Apocalipse 21.3-5.
No que refere à organização da igreja, bem como quanto aos direitos e deveres de seus membros, consultar o Manual de Igreja.